25 de agosto de 2000

Relato: Travessia do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - A clássica Petrópolis x Teresópolis

Por causa de uma longa greve na Faculdade onde estudava (Geografia/USP), resolvi fazer uma caminhada, já que eu estava de férias no trabalho. Chamei o Marcos, o Sérgio e o Ronaldo, que por sua vez chamou sua namorada. Todos eram colegas de Faculdade e estavam sem fazer nada também. Marcamos para Agosto daquele ano e com a pretensão de fazer em 3 ou 4 dias, porém não conhecíamos nada sobre o lugar. Era arriscado, mas seguíamos como planejado.

Na foto acima, local do 2º pernoite, no Morro do Dinossauro de frente para o Garrafão

Fotos, mapas e croquis: clique aqui
Tracklog para GPS de toda essa travessia: clique aqui

O Marcos e o Sérgio eram velhos conhecidos de faculdade (até tínhamos feito algumas trilhas juntos) e o Ronaldo eu tinha conhecido naquele semestre, mas parecia que estava disposto a caminhar por vários dias, assim como a sua namorada (no final não aconteceu isso).
Na Rodoviária do Tietê
Antes dessa caminhada, tive contato por telefone com uma pessoa que seria minha referencia nas caminhadas dali para frente: Sérgio Beck.
Liguei na redação da antiga Revista Família Aventura (era assinante) para falar sobre uma matéria escrita por ele e lembro que do nosso  papo, me recomendou o seu livro: Caminhos da Aventura.
Comprei na loja Mundo Terra, ali perto do início da Rua da Consolação, em São Paulo. Quando comecei a ler aquilo, pensei comigo: era tudo o que eu queria. Inúmeras trilhas descrita em detalhes, com muita informação. Aquelas letras miudinhas me tomavam horas para ler, mas era prazeroso.
Eu tinha que inaugurar o livro, mas não sabia qual escolher e com a greve na Faculdade, decidi que era a Serra dos Órgãos.
Peguei algumas anotações do livro dele e também da extinta Revista Família Aventura (em algumas fotos dessa caminhada eu sempre apareço segurando algumas cópias das anotações do livro - veja na foto acima).
Sem a necessidade de reserva para a travessia do Parque Nacional, lá fomos nós. Na noite do dia 12 de Agosto todos nós 5 (eu, o Marcos, o Sérgio, o Ronaldo e a namorada dele - não consigo lembrar o nome dela agora) nos encontramos na Rodoviária do Tietê para embarcar em direção a Petrópolis no horário das 23:00 hrs. O tempo até que estava relativamente bom e a viagem foi tranquila. 
Na madrugada o ônibus fez uma parada no Shopping Graal em Resende e pouco antes das 06:00 hrs estávamos chegando na Rodoviária de Petrópolis. 
Só foi descer do ônibus e já fomos atrás do circular que seguia para o Terminal Correas e ele até que não demorou muito para sair.
O ônibus seguiu quase que vazio, mas foi lotando ao longo do caminho e como era Domingo encontramos muita gente que estava voltando da balada e conversando com alguns passageiros, ficamos sabendo que no dia anterior tinha chovido muito durante a noite e dava para ver que em vários pontos da serra a neblina encobria tudo.
Subindo o Vale do Bonfim
O percurso até o Terminal Correas foi rápido e uns 30 minutos depois já estávamos tomando um outro circular, saindo do Correas em direção ao Bairro do Bonfim, que nos deixaria no vale que dá acesso a portaria do Parque Nacional.
Logo que descemos no ponto final, já arrumamos nossas mochilas e preparamos para começar a subida do vale até a portaria.
Esse trecho é todo feito subindo por uma estrada de terra e conforme íamos subindo, a neblina ao redor dos picos ia se dispersando prometendo um dia de muito Sol.

29 de abril de 2000

Relato: Cachoeira da Usina do Capivari - Serra do Mar/SP

Acho que na época que estudamos em faculdades sempre aparecem as melhores trips e eu dei sorte em muitas.
Fiz várias caminhadas com colegas de sala de aula e uma delas foi bem peculiar, pois tivemos que usar alguns termos que aprendemos em Geografia, mas não para ajudar na caminhada e sim para nos livrar de uma pequena enrascada.
Depois do retorno das aulas em 2000 o Sandro (colega de sala) me convidou para uma trip a uma cachoeira na Serra do Mar no feriado de Tiradentes.
A Cachoeira era a da Usina do Capivari e está localizada próxima da linha férrea da E.F. Sorocabana que desce para o litoral. 
O feriado caiu em uma sexta-feira, dia 21 de Abril e era perfeito, porque dava para gente fazer em 2 ou 3 dias sem correrias.
O grande problema eram os guardas ferroviários que ficavam durante o dia na Estação Evangelista de Souza revistando mochilas e barrando alguns.
Eu nem me preocupava já que não levava nada de ilegal e achava que eles só apreendiam drogas. Ledo engano.

Foto acima, na base da Cachoeira da Usina do Capivari


Fotos dessa caminhada: clique aqui
Tracklog para GPS da caminhada até a cachoeiraclique aqui

Estávamos em 5 (eu, Sandro, Moto e mais 2 colegas que eram também da Geografia/USP) e marcamos para sair na Quinta-feira a noite e passar pela estação Evangelista de Souza no início da madrugada.
Alguns iriam se encontrar no Terminal Santo Amaro, onde o ônibus saia para o Bairro da Barragem (atualmente essa linha de ônibus sai do Terminal Parelheiros) e outros iriam pegar o ônibus já em Interlagos.
Nossa intenção era pegar um dos últimos ônibus em direção ao Bairro e assim foi.
Pouco depois das 00:00 hrs já estávamos saindo do Terminal Santo Amaro e ao longo do trajeto o ônibus se enchia cada vez mais. Engraçado que muitos passageiros também estavam de mochilas cargueiras e com certeza iriam fazer o mesmo percurso que a gente e conversando com alguns, fico sabendo que um ou outro iria fazer a travessia até Itanhaém pela trilha do Rio Branquinho, muito frequentada na época.
O Bairro da Barragem é quase zona rural e bem longe do centro de SP.
O ponto final do ônibus é em uma rua totalmente escura e desembarcamos por volta da 1:00hr da madrugada.
Pegamos as lanternas e agora era mochila nas costas e pé na estrada, seguindo pela avenida em direção da linha férrea.

27 de fevereiro de 2000

Relato: Pico de São Sebastião - no topo de Ilhabela/SP

Tudo começou em Novembro de 99 em um trabalho de campo de Faculdade da disciplina de Biogeografia que durou 2 dias em Ilhabela. 
Nossa intenção era fazer um estudo sobre a topografia e a cobertura vegetativa da Ilha. 
Como era dentro do Parque Estadual, tivemos a ajuda de um funcionário do Parque chamado Viny.


Foto acima no topo do Pico São Sebastião com vista para nordeste, com toda a parte urbana da Ilha e o continente ao fundo

Fotos e croquis dessa trilha: clique aqui
Pico Baepi ao fundo
Na ilha, um dos lugares que o Viny nos levou foi no Pico do Baepi, mas como boa parte da galera era sedentária, só chegamos até a base, pouco depois que entramos na mata fechada. A intenção era chegar ao topo do pico, com seus quase 1050 metros de altitude.
Conversando com ele sobre os pontos mais altos da ilha onde dava para chegar, me disse que além do Baepi, outro pico que dá para se chegar no topo era o Pico do São Sebastião (o maior de toda Ilha) com 1375 metros de altitude. 
Ali já me criou a ideia de subir o pico, mas não tinha noção nenhuma onde a trilha começava, então perguntei algumas coisas básicas sobre a trilha e voltei para SP com o intuito de retornar uma outra vez para Ilhabela.
Cruzando o canal de balsa
Alguns dias depois voltei a Ilha para conhecer o início da trilha do Pico São Sebastião e falar com o Viny sobre a autorização para se fazer a caminhada até o topo, já que o pessoal do parque proíbe que se faça trilhas na Ilha sem autorização.
Essa autorização na verdade é uma forma do parque não se responsabilizar por eventuais acidentes ou qualquer problema que aconteça com alguém na trilha. Nada de mais. Muitos parques fazem isso.
Depois de ter conhecido onde se iniciava a trilha e obtido algumas outras dicas, agora era agendar a data para a trip e marquei com o Marcos (velho conhecido de faculdade) para fazermos no início de 2000, já que as aulas na Faculdade ainda não tinham se iniciado. Saímos de Sampa em um Sábado no ônibus das 12:00 hrs (só não saímos mais cedo por causa de compromisso do Marcos) e chegamos na balsa por volta das 15:00 hrs.
Aqui só foi atravessar o canal e chegar em Ilhabela e no ponto final de algumas linhas de ônibus junto da balsa, pegamos o circular Borrifos.
Logo depois que o circular passou a Praia do Portinho, ficamos atentos até chegar a uma bifurcação à esquerda com placas indicando Chalé Recanto dos Pássaros e Cachoeira dos 3 Tombos. 

20 de outubro de 1998

Relato: Perdidos na Trilha do Corisco – Ubatuba x Paraty pela Serra do Mar

Aqui é um relato da minha primeira vez na Trilha do Corisco, onde não tinha a mínima noção de como ela era.  
E talvez por isso tivemos problemas próximos do final da caminhada.
Era o ano de 1998 estava com minha antiga namorada Beth e conhecemos essa trilha numa visita à Praia da Fazenda e a sede do Núcleo Picinguaba alguns meses antes.
Quem também nos deu algumas dicas dessa trilha foi uma guia de uma agencia de ecoturismo de Ubatuba que tinha nos levado até a Casa da Farinha e ao Poço da Rasa.


Foto acima no Poço da Rasa

Fotos dessa caminhada: clique aqui

Depois das dicas da guia de turismo, achávamos que a trilha do Corisco seria bem fácil, já que não haveria bifurcações ao longo do trajeto. A caminhada se inicia na Casa da Farinha e termina no bairro do Corisquinho, em Paraty num percurso de aproximadamente 6 horas.
Entrada da Praia da Fazenda
É uma trilha histórica, pois era usada a muitos anos atrás como única ligação entre essas 2 cidades.
Depois da construção da Rio-Santos na década de 70, ela virou somente uma atração de agencias de ecoturismo e um ou outro morador da região.
Marcamos essa caminhada para o feriado prolongado de Nossa Sra. Aparecida em Outubro, que caiu em uma Segunda-feira.
Ficamos hospedados próximo do Horto Florestal de Ubatuba e assim que chegamos na Pousada no Sábado pela manhã, fomos para algumas praias da cidade, onde ficamos o restante do dia.
Casa da Farinha
O clima estava ajudando e no Domingo pela manhã marcamos de fazer a trilha do Corisco.
Saímos da Pousada por volta das 10:00 hrs de ônibus, já que eu não achava seguro deixar o carro na Casa da Farinha. 
O acesso até lá fica próximo da entrada da Praia da Fazenda e pouco antes de chegar no bairro de Picinguaba, um dos últimos de Ubatuba.
O ônibus fez o trajeto em quase 1 hora e no ponto de ônibus da Praia da Fazenda pedimos para descer.
Voltamos alguns metros pela Rodovia até chegar a uma estrada de terra que leva até a Casa da Farinha, sentido serra.
Chegamos aqui por volta das 11h30min e ainda tínhamos um trecho de + -  3 Km até o início da trilha.

13 de maio de 1998

Relato: Perrengue no Parque Nacional do Itatiaia - Serra da Mantiqueira

Este é um relato de um perrengue que passamos na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia. 
Era a minha primeira vez na região e eu estava com minha antiga namorada Beth e ao voltarmos da subida ao Pico das Agulhas Negras tivemos um pequeno problema com o carro em frente da antiga Pousada Alsene e nessa hora pedi auxilio de um guincho da seguradora, mas que nos deixou na mão e tivemos que nos virar.

Foto acima na base do Pico das Agulhas Negras

Fotos dessa caminhada: clique aqui

Seguindo pela Via Dutra
Em Maio de 1998 marquei com minha antiga namorada Beth para conhecer o Parque Nacional do Itatiaia, vistando a parte alta e a parte baixa.
Só que eu não conhecia nada do Parque e isso talvez tenha contribuído para o que aconteceu lá.
O feriado do dia 1º de Maio seria perfeito, pois caia em uma Sexta-feira e dava para viajar na Sexta e conhecer o Parque no Sábado e Domingo. 
Saímos de SP na manhã do dia 1º, parando no meio do caminho para comer alguma coisa, para chegar no inicio da tarde em Itatiaia.
A pousada ficava próxima da Via Dutra e chegar lá foi fácil.
Na Pousada Campo Alegre em Itatiaia
Depois de nos instalarmos na pousada, encontramos um outro pessoal que iria para a parte alta do P.N. com o apoio de um guia, fornecido pela pousada.
Eu, como não sou chegado uma contratação de guia, recusei ir junto com eles e disse que iria com meu carro mesmo. 
Naquela tarde de Sexta só fomos conhecer uma ou outra cachoeira na parte baixa do P.N. e que nem valeu a pena. Devíamos ter chegado até o Poção de Maromba e a Cachoeira Véu de Noiva. Talvez pela pouca quantidade de água nos rios, a vista nesses 2 lugares não foi muito bonita.
Voltamos para Pousada e ficamos na piscina o restante daquele dia.
Na manhã de Sábado o tempo estava perfeito, com muito Sol e saímos da Pousada por volta das 08:00 hrs.
Garganta do Registro
Seguimos por um pequeno trecho da Via Dutra, sentido SP, até pegar a Rodovia que segue para Itamonte e o sul de MG.