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30 de julho de 2012

Relato: Travessia Rebouças - Mauá via Rancho Caído - Parque Nacional do Itatiaia

Em 1998 conheci pela primeira vez o Parque Nacional do Itatiaia (PNI) e gostei muito do lugar, voltando depois em 1999, 2003 e 2010.
Na minha primeira vez em 98 e só subi o Pico das Agulhas Negras. 
1 ano depois, em 99, voltei lá e fiz o Agulhas Negras novamente e o Morro da Massena NO, ao lado da antiga Pousada Alsene. 
Em 2003 passei pelo Parque para fazer a Travessia da Serra Negra, que era parte da Transmantiqueira que eu tinha iniciado lá no Pico do Marins, passando pelo Pico do Itaguaré e Serra Fina, em um total de 9 dias caminhando pela crista da Serra. Era a última parte dessa mega caminhada. 
Quando retornei em 2010 com o Sandro (do Fórum Mochileiros) foi para fazer 2 travessias juntas: a da Serra Negra “oficial”, dessa vez iniciando na Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Aiuruoca e a Rui Braga, que liga a parte alta à parte baixa do PNI. 
E o retorno dessa vez era especial, já que iria fazer uma das últimas travessias que me restavam na Serra da Mantiqueira: a Rebouças-Mauá, que passa pelo Rancho Caído.


Foto acima: na trilha, passando ao lado da Pedra do Altar




Rodoviária de Itanhandu
E junto com essa travessia planejava também subir o Morro do Couto e a Pedra do Altar.
E não daria para fazer todo esse roteiro em apenas 1 fim de semana, como a maioria faz; eu precisava de mais alguns dias.
Até convidei algumas pessoas, mas a dificuldade em dispor de alguns dias de folga em dias de semana era um empecilho para muitos, fazendo muitos se recusarem.
Minha intenção era fazer a travessia da seguinte forma: chegar no Posto Marcão (Portaria da parte alta do PNI) numa Sexta à tarde, a tempo de subir o Morro do Couto e depois ficar no Abrigo ou no Camping do Rebouças.
E no Sábado pela manhã iniciar a caminhada até o Rancho Caído onde acamparia, passando antes pelo topo da Pedra do Altar.
Já no Domingo pela manhã desceria até a Vila de Maromba, passando pela Cachoeira do Escorrega e ficando em uma pousada da Vila, retornando a São Paulo na segunda-feira.
Não saiu tudo do jeito que eu queria, mas não tive do que reclamar, já que os dias foram de muito Sol, que valeram muito a pena.
Com quase 1 mês de antecedência, enviei para o Parque a solicitação para a travessia, que é obrigatória. Para variar, demoraram um pouco para responder e com isso tive que ligar lá, mas consegui sem problemas.
Serra Fina ao fundo
Para o Abrigo Rebouças não reservei porque era dia de semana e estava crente que o lugar estivesse com vagas no Abrigo ou pelo menos no Camping. 
Quanto à questão do transporte, fui pesquisar alguns taxistas de Itamonte e marquei com um (Marquinhos), que me cobrou um valor bem baixo, para me deixar junto do antigo Alsene - pesquisei vários outros e todos eram bem caros. Não faltava mais nada e com a Natureza ajudando, prometendo vários dias de Sol, comprei a passagem de SP para Itanhandu/MG saindo Sexta pela manhã.
Novamente os relatos do Sérgio Beck seriam os meus guias. E não dava para reclamar, pois eram 2: um no livro Caminhos da Aventura e outro bem mais recente (ano 2003) na Revista Aventura Já. 
E no dia combinado estava embarcando as 08:00 hrs no Terminal Tietê pela Viação Cometa em direção a Itanhandu. 
A viagem foi tranquila e por volta das 12h30min desembarcava na Rodoviária da pequena cidade e aqui só foi aguardar o circular da empresa Delfim sair as 13h15min em direção a Itamonte.

30 de julho de 2010

Relato: Travessia Rui Braga – da parte alta do Parque Nacional do Itatiaia até a parte baixa

Este é o relato da continuação da travessia da Serra Negra.
Tínhamos terminado junto à antiga Pousada  Alsene e correu tudo como planejado (relato aqui).
Estávamos com a Autorização para a travessia da Rui Braga para fazê-la em 2 dias, pernoitando em algum dos Abrigos Massenas ou Macieiras, apesar de que a Rui Braga dá para ser feita em apenas 1 dia de caminhada.
Pegamos dias nublados, mas para sorte nossa, só estava chovendo durante a noite.

Foto acima, vale do Rio Campo Belo visto depois de alguns minutos do Abrigo Massenas


Fotos: clique aqui

Tracklog para GPS dessa travessia: clique aqui


Chegando na Portaria do Parque Nacional
A Quarta-feira amanheceu com tempo nublado, mas pelo menos sem chuvas e nesse dia iríamos fazer a travessia Rui Braga em 2 dias, já que a Márcia estava nos aguardando no dia seguinte na parte baixa do PNI.
Na travessia da Serra Negra ficamos sem sinal de celular por 2 dias e só contávamos que na Rui Braga conseguíssemos, para dar sinal de vida aos nossos familiares. 
Mochilas prontas, pouco depois das 09:00 hrs seguimos para a portaria do PNI (posto Marcão) e lá entregamos a Autorização da travessia, pagando pelo pernoite no Abrigo e a taxa de ingresso no Parque.
O lugar estava deserto e parece que éramos os únicos a fazer alguma travessia no Parque.
Pela estrada do Parque
O funcionário só demorou um pouco para nos liberar porque na solicitação que eu enviei, não tinha colocado que iriamos pernoitar no Parque e depois de acionar o pessoal da Administração do PNI pelo rádio, recebemos a autorização para fazer a travessia. 
Estávamos na altitude de pouco mais 2400 metros e nosso plano era caminhar até o Abrigo Macieiras, na altitude de 1850 metros. 
O total da caminhada, se fossemos direto até o final da trilha, junto ao Piscinão de Maromba seria de uns 30 Km, mas era muito para apenas 1 dia (até dá para fazer, já que boa parte da trilha é sempre descendo, mas tem de entrar bem cedo no Parque).
Abrigo Rebouças
Mochilas nas costas de novo, saímos da Portaria as 09h50min e seguimos em direção ao Rebouças pela estrada, onde chegamos as 10h20min e daqui só víamos uma neblina espessa sobre o Agulhas Negras.
Passamos direto e continuando pela estrada que na verdade é a Rodovia BR 485 (coisas do Pres. Getúlio Vargas) que em alguns pontos ainda apresentam trechos de asfalto em bom estado de conservação, mas perde um pouco da magia, já que é uma aberração construir uma estrada em um lugar como esse. 
Tendo o Rio Campo Belo do lado esquerdo, logo passamos pela Cachoeira das Flores e as 10h50min chegamos ao final da estrada e na bifurcação para o Pico das Prateleiras. 

25 de julho de 2010

Relato: Travessia da Serra Negra – Vila de Maromba x parte alta do Parque Nacional do Itatiaia

Por muitos anos qualquer travessia no PNI (Parque Nacional do Itatiaia) era proibida; muita gente fazia, mas sempre na surdina.
Para muitos, a travessia da Serra Negra era a única opção, já que não passava pelo interior do Parque Nacional e contornava ele pelo norte. Eu também fiz essa travessia em 2003 quando estava fazendo a Transmantiqueira - relato aqui e alguns anos depois dessa mega caminhada, o PNI reabriu a travessia Rui Braga, que liga a parte alta à parte baixa e oficializou a Serra Negra. E com isso, reles mortais como nós, pudemos realizar travessias dentro do Parque com autorização.
Marquei então com um colega de trilhas (Sandro) para fazermos as 2 travessias juntas e aproveitando para subir também ao topo da Pedra Selada, em Visconde de Mauá. Juntos nessa trip iriam também a Márcia e a Sophia (nossa filha).
E com quase 1 mês de antecedência solicitei ao PNI a autorização para fazer a Rui Braga.

Foto acima, trecho inicial da travessia antes de chegar na crista


Fotos da Pedra Selada: Clique aqui
Fotos da travessia Serra Negra: Clique aqui
Tracklog para GPS travessia Serra Negra: Clique aqui

Pedra Selada ao fundo
Minha intenção era iniciar a caminhada com o Sandro na Vila de Maromba em direção ao PNI pela travessia da Serra Negra e depois emendar com a Rui Braga. Já a Márcia e a Sophia iam ficar hospedadas em Maromba por 4 dias, para depois nos pegar no final da travessia da Rui Braga, já na parte baixa do PNI.
No livro Caminhos da Aventura, do Sérgio Beck ele descreve a travessia da Serra Negra como a trilha Mauá-Itamonte, mas por eu ter feito essa trilha em 2003, nem me preocupei em levar anotações dele.
Chegando na Pedra Selada
Por volta das 07:00 hrs saímos de SP e com algumas paradas pela estrada, chegamos em Visconde de Mauá pouco antes das 13:00 hrs e logo fomos procurar um lugar para comer.
Saciados da fome, seguimos por uns 12 Km por uma estrada de terra, sentido leste em direção à base da Pedra Selada, margeando o Rio Preto.
Pedra Selado logo ali
Pouco depois das 14:00 hrs cruzamos o pequeno bairro de Campo Alegre e de lá já era possível avistar a Pedra Selada em todo o seu esplendor à frente, chegando antes das 14h30min na bifurcação que leva à sede da Fazenda. 
Aqui não tem como errar, pois existe até uma placa indicativa da Pedra Selada. 

31 de julho de 2003

Relato - Travessia Transmantiqueira: Marins - Itaguaré, Serra Fina e Serra Negra numa mesma caminhada

Aqui é um relato de uma mega travessia pela Serra da Mantiqueira, que muitos conhecem como Transmantiqueira, onde caminhei pela Marins-Itaguaré, Serra Fina e Serra Negra, todas de uma vez só. As três eu fiz uma na sequência da outra, iniciando na estrada que acessa o Pico do Marins e terminando na Vila de Maromba, em Visconde de Mauá. 
O total dessa caminhada chegou a uns 130 Km, finalizados em 9 dias.
Já tinha feito a Marins-Itaguaré em duas outras oportunidades - e uma dessas vezes passei por um perrengue e tanto por terminar a noite e sem lanternas: clique aqui
A Serra Fina também já tinha feito uma vez, mas levei 6 dias para cruzá-la, devido às chuvas que peguei no topo da Pedra da Mina - relato aqui
Enquanto que a Serra Negra era a minha primeira vez. 
O mês escolhido foi Julho, por ser propício para as caminhadas em região de montanha. 

Na foto acima, no início da subida pela crista da Serra Fina que marca a divisa SP/MG

Fotos dessas 3 travessias junto com cartas topográficas, mapas e croquis: Clique aqui
Tracklog para GPS da trilha do Pico do Marins: Clique aqui
Tracklog para GPS da travessia da Serra Negra: Clique aqui


Dentre essas 3 travessias, só tinha dúvidas em relação a Serra Negra, já que era a única que eu não tinha feito.

Para essas caminhadas estava levando croquis da travessia da Serra Negra, criado pelo Guilherme Rocha e um relato do Sérgio Beck, sobre a Mauá-Itamonte que passava por um trecho que eu iria fazer. Na dúvida, levei também o relato da Marins-Itaguaré e da Serra Fina, escrito pelo Sérgio Beck.
Não queria reunir um grupo grande, pois sabia que ia ser muito cansativo e alguém poderia desistir e no final chegamos a um total de 5 trilheiros: eu, Jorge Soto (Sampa), Téo, Ricardo e o Temujin (todos os 3 de Pouso Alegre/MG) mas eles seguiram somente até o final da Serra Fina. 
A Serra Negra eu tive que completar sozinho. Sacanagem né; me deixaram na mão.
Na manhã de uma Terça-feira encontrei o Jorge na Rodoviária do Tietê em São Paulo e o resto da galera iria encontrar na base do Pico do Marins, onde iriamos acampar. Pelo nosso planejamento não iríamos ter apoio nenhum de veículo ou algum suporte durante o trajeto e pelo roteiro iríamos terminar em cerca de 10 dias.
Para a 1ª travessia (Marins-Itaguaré) eu e o Jorge pegamos o ônibus no Tietê em direção a Itajubá e descemos logo depois da divisa SP/MG, no alto da Serra da Mantiqueira, uns 5 minutos depois do Posto Policial para quem vem de Piquete. 
O horário marcava 11:00 hrs e ainda teríamos que caminhar em um ritmo forte por cerca de 15 Km até para chegar no Acampamento Base Marins, onde se inicia a trilha até a base do Pico do Marins. 
Assim que descemos na Rodovia, seguimos por uma estrada de terra no sentido leste. Logo no início dessa estrada há uma placa de Fazenda Saiqui, como referência. Inicia-se numa parte plana e depois tendo uma subida forte. 
Água não é problema, pois existem várias nascentes na estrada e depois de uma longa subida com uma bica de água do lado direito, a estrada passa por um mata-burros e aqui se inicia a descida até a sede da Fazenda, que vai estar do lado esquerdo. Depois das casas dos moradores da Fazenda à esquerda, logo a frente haverá uma bifurcação à direita indicando Pico do Marins (desse ponto já dá para ver o Marins imponente à sua frente). Seguindo por ela, logo em seguida se chegará ao Acampamento Base, onde atualmente existe um camping estruturado e um enorme estacionamento para veículos. Daqui para frente se inicia uma subida bem íngreme em zig zag na direção do Morro do Careca.

13 de maio de 1998

Relato: Perrengue no Parque Nacional do Itatiaia - Serra da Mantiqueira

Este é um relato de um perrengue que passamos na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia. 
Era a minha primeira vez na região e eu estava com minha antiga namorada Beth e ao voltarmos da subida ao Pico das Agulhas Negras tivemos um pequeno problema com o carro em frente da antiga Pousada Alsene e nessa hora pedi auxilio de um guincho da seguradora, mas que nos deixou na mão e tivemos que nos virar.

Foto acima na base do Pico das Agulhas Negras

Fotos dessa caminhada: clique aqui

Seguindo pela Via Dutra
Em Maio de 1998 marquei com minha antiga namorada Beth para conhecer o Parque Nacional do Itatiaia, vistando a parte alta e a parte baixa.
Só que eu não conhecia nada do Parque e isso talvez tenha contribuído para o que aconteceu lá.
O feriado do dia 1º de Maio seria perfeito, pois caia em uma Sexta-feira e dava para viajar na Sexta e conhecer o Parque no Sábado e Domingo. 
Saímos de SP na manhã do dia 1º, parando no meio do caminho para comer alguma coisa, para chegar no inicio da tarde em Itatiaia.
A pousada ficava próxima da Via Dutra e chegar lá foi fácil.
Na Pousada Campo Alegre em Itatiaia
Depois de nos instalarmos na pousada, encontramos um outro pessoal que iria para a parte alta do P.N. com o apoio de um guia, fornecido pela pousada.
Eu, como não sou chegado uma contratação de guia, recusei ir junto com eles e disse que iria com meu carro mesmo. 
Naquela tarde de Sexta só fomos conhecer uma ou outra cachoeira na parte baixa do P.N. e que nem valeu a pena. Devíamos ter chegado até o Poção de Maromba e a Cachoeira Véu de Noiva. Talvez pela pouca quantidade de água nos rios, a vista nesses 2 lugares não foi muito bonita.
Voltamos para Pousada e ficamos na piscina o restante daquele dia.
Na manhã de Sábado o tempo estava perfeito, com muito Sol e saímos da Pousada por volta das 08:00 hrs.
Garganta do Registro
Seguimos por um pequeno trecho da Via Dutra, sentido SP, até pegar a Rodovia que segue para Itamonte e o sul de MG.