3 de abril de 2017

Relato: Cachoeira do Diabo – Serra do Mar de Biritiba Mirim/SP

Depois de quase completar todos os picos e cachoeiras da Serra do Mar de Biritiba Mirim (Pedra do Sapo, Itapanhaú, Esplanada, Garrafão e as Cachoeiras do Elefante, Pedra Furada, Light, Lagarta e Água Fina), restavam agora poucas opções e entre elas uma das cachoeiras mais difíceis de se acessar: a do Diabo, localizada no Rio Guacá, próximo da região do Bairro de Casa Grande, onde nunca havia trilhado e bem distante das tradicionais Elefante, Pedra Furada e Light. Até já tinha lido sobre ela em um relato de 2014, mas que não me inspirou muita confiança. E sem um tracklog e com dificuldade de acesso junto com uma logística complicada me fizeram deixá-la de lado. 
E em Março me juntei ao grupo do Canal da Caminhada que ia explorar essa cachoeira, mas pegamos uma janela do tempo "inversa". Vários fins de semana anteriores à nossa trip sempre foram com muito Sol e exatamente nos dias da nossa caminhada, a Natureza mandou chuva.


Cachoeira do Diabo vista do meio do Rio Guacá

Fotos: clique aqui

Vídeo: clique aqui
Tracklog que gravei de toda a caminhada: clique aqui


E para entender como me juntei a eles, vou voltar alguns meses no tempo para explicar como cheguei lá.
Em Outubro de 2016 quando fazia a Travessia Pedra Furada-Pedra do Sapo, encontrei pela primeira vez o Diógenes, criador do site Canal da Caminhada. Ele estava com um grupo voltando do Lago dos Andes – veja nessa foto todos eles. Depois desse encontro, trocamos algumas mensagens e nos vimos uma outra vez, mas não surgia uma oportunidade para fazermos uma trilha juntos.
E no final de Fevereiro ele me convidou para a trilha até a Cachoeira do Diabo, cujo nome não tenho a mínima ideia o que significa. E quando o convite chegou, não pensei 2x. Porém era a segunda tentativa do grupo do Diógenes de chegar nela e por aí já deu para perceber a dificuldade de chegar nela.
A data escolhida foi um final de semana de Março e o grupo era por formado por 16 pessoas, devido a lotação máxima da van que nos deixaria próximos da trilha.
Tomando café da manhã
Grupo formado, começamos a trocar mensagens pelo Zap e a animação era grande por parte de algumas pessoas, mas por incrível que pareça essas pessoas que mais enviavam mensagens foram as que desistiram. Talvez em parte pela previsão de fortes chuvas naquele fim de semana, que para nosso azar acabou se concretizando e com isso apenas 9 corajosos não desistiram e com os homens em menor número. 
São eles Diógenes, Diego, Matias e eu. E as mulheres Carol, Valquíria (Val), Drika, Naedja e Wanne. O ponto de encontro era a Estação Brás da CPTM, onde embarcaríamos em direção à Estação de Estudantes, em Mogi das Cruzes. 
E pouco depois das 06:00 hrs daquele Sábado nublado já estávamos seguindo nosso caminho, sendo que parte do grupo iria se juntar ao lado do Terminal de ônibus de Estudantes para tomar um café da manhã nos trailers, que fica no lado direito da estação de trem.