31 de julho de 2008

Relato: Travessia da Serra Fina de sul a norte pela Trilha do Rio Claro - Serra da Mantiqueira

Este é um relato detalhado da trip que chegou ao topo da Pedra da Mina, cruzando a Serra Fina de sul a norte, tendo iniciado a caminhada na cidade paulista de Queluz e seguindo pela margem do Rio Claro por trechos de escalaminhadas até chegar próximo à sua nascente, que é a base da Pedra da Mina, para depois descer do outro lado pela Trilha do Paiolinho. 
Iniciamos na Fazenda Jaboticabal, onde atualmente é a sede de uma RPPN, levando 4 dias para chegar no topo e depois mais 2 dias para retornar à São Paulo. Estávamos em 4 pessoas, mas logo no segundo dia tivemos um pequeno acidente e com isso a primeira desistência.
Era a minha terceira vez na Serra Fina. 
Na primeira vez fiz a travessia tradicional, da Toca do Lobo até o Sítio do Pierre, mas por causa do tempo ruim levei 6 dias para completá-la - relato aqui.
Já na segunda vez estava fazenda a Transmantiqueira (Marins-Itaguaré, Serra Fina e Serra Negra todas juntas) em um total de 9 dias - relato aqui.


Na foto acima, pode-se ver uma das inúmeras piscinas naturais ao longo da subida pelo Rio Claro.  

Fotos: clique aqui


Antes de iniciar o relato, quero deixar um aviso muito importante para quem tinha a intenção de fazer essa caminhada.

Por causa da estupidez e idiotice de uma ou algumas pessoas que tentaram fazer essa trilha de forma clandestina, sem solicitar a permissão do proprietário da Fazenda, hoje em dia o acesso a ela está totalmente proibido e infelizmente não se pode mais fazer essa trilha. 
Lamentável, porque seria uma travessia de serra das mais difíceis do país.

# Preparativos 

Tudo começou em 2007.
Na época o Carlos Lessa, mais conhecido com Cela (montanhista do UNICERJ) enviou e-mails para mim e para o Jorge Soto, convidando para fazermos essa travessia subindo pelo Rio Claro. 
Ele até tentou ligar em um telefone que pertencia ao dono da Fazenda, que fica em Queluz/SP, onde se inicia a trilha, mas em vão. 
E com isso passou a época de inverno e deixamos para lá, mas ali a ideia foi plantada.
E novamente, no início de 2008 voltamos a falar sobre essa travessia e em Abril consegui o telefone do proprietário.
Liguei algumas vezes para o escritório e consegui falar com ele, explicando nossa intenção de subir a trilha do Rio Claro, mas ele sempre dizia que a trilha estava muito fechada e que já tinha havido problemas com pessoas que tentavam fazer essa trilha - em um relato postado no antigo site loucos de pedra, comentavam que já tinham tentado por 7x a subida dessa trilha, mas em vão.
Argumentei com ele que o grupo era só de três pessoas (eu, o Cela e o Jorge) e que já tínhamos feito algumas travessias pesadas, mas a cada momento que eu ligava para ele, percebia que a autorização ia ser difícil conseguir.
No começo de Junho/08 comentei com o Jorge e o Cela sobre essas dificuldades da trilha e o Jorge disse que tinha conseguido a trilha plotada em uma carta topográfica de 1:10.000. Não pensei 2x e voltei a ligar novamente e comentei com ele sobre isso e daí em diante até se mostrou favorável, mas surgiu um outro problema: ele queria nos conhecer pessoalmente e também que assinássemos um Termo de Responsabilidade, o que seria uma dificuldade para nós, pois não era fácil reunir os 3 e se mandar para Guaratinguetá onde ele morava.
Propusemos a ele então que assinássemos esse Termo quando estivéssemos passando pela Fazenda, o que ele aceitou. 
Mas aí surgiu outro problema: o Cela não estava respondendo os e-mails há vários dias e isso nos deixou preocupados quanto a sua confirmação na trip.
Depois de ligar no seu celular fui saber que ele estava no RS a trabalho. 
Comentei que os planos de subir a Pedra da Mina pela trilha do Rio Claro já estava quase tudo pronto e que estávamos planejando a travessia para última semana de Julho devido a disponibilidade de datas minha e do Jorge.
O problema é que ele só estaria disponível depois de Agosto e com isso antes de iniciar a caminhada, já tínhamos a primeira baixa. 
Agora éramos só eu e o Jorge, mas ele prevendo isso já tinha convidado o Ricardo (outro trilheiro experiente que tínhamos feito a Transmantiqueira juntos. 
Já sabendo da extrema dificuldade que encontraríamos nessa caminhada, eu e o Jorge levamos cartas topográficas da região em diversas escalas que cobriam toda a trilha até o topo da Pedra da Mina.
Nossa intenção era descer pela Trilha do Paiolinho e um irmão do Ricardo nos resgataria lá na Fazenda Serra Fina.
A Trilha do Paiolinho nenhum de nós tinha feito, mas iríamos descer por lá mesmo (no final a trilha foi muito mais fácil do que prevíamos, pois ela é bem demarcada – impossível se perder ali). 
Nos últimos dias acertamos de entregar diretamente na Fazenda os Termos de Responsabilidade assinados e a data ficou marcada para o dia 24/08 (Quinta-feira) e o retorno para o dia 27/08 (Domingo) levando 3 dias somente para a subida da Fazenda até o topo da Pedra da Mina. 

# 1º dia

Entrada da Fazenda
Saímos de Sampa na Quinta pela manhã para encontrar o Ricardo na Rodoviária de Queluz, mas por um atraso no planejamento, só saímos do Terminal Tietê às 09:00 hrs em direção a Resende/RJ, chegando em Queluz as 12h30min e nessa cidade pegamos um táxi em direção a Fazenda, onde chegamos as 13h20min. 
De carona
Aqui entregamos nossos Termos de Responsabilidade assinados para uma pessoa que cuidava da Fazenda e logo que iríamos iniciar a subida em direção a trilha, um caminhão entrou na Fazenda para fazer o mesmo percurso que a gente e com isso ganhamos uma carona que nos economizou cerca de 7 Km de subida íngreme pela estrada, nos deixando a cerca de 30 minutos do início da trilha.
Início da trilha com a placa
Daqui em diante, seguimos caminhando por uma antiga estrada, até encontrarmos o início da trilha, pouco acima da altitude de 1100 metros. 
As 15:00 hrs chegamos na placa que indicava o início da trilha que leva até o Rio Claro e como o proprietário já tinha nos alertado, encontramos a trilha bastante fechada e com o mato tomando conta. 
Rio Claro
Depois de uns 15 minutos varando mato, chegamos ao Rio Claro que merece o nome que tem, pois suas águas são de uma transparência nunca vista e aqui encontramos seu leito com inúmeras pedras e pequenos poções (dependendo da incidência da luz solar, a água pode se tornar azul ou verde). 
Um dos inúmeros poções pela subida
Devido a falta de chuva há vários dias o rio estava com alguns trechos secos, o que facilitou a caminhada, na verdade, escalaminhada.
A subida até a nascente foi um trepa pedra atrás do outro e isso quando não tínhamos que varar mato para evitar paredões verticais onde a subida era impossível. 
Escalaminhadas
Nesse primeiro dia, não ganhamos tanta altitude porque o trecho inicial não estava muito encachoeirado, o que até facilitou para gente. 
O Ricardo foi sempre à frente e eu logo atrás dele. 
De vez em quando a gente parava para confrontar os dados do GPS com as coordenadas da carta topográfica para sabermos em que trecho do rio estávamos.
Camping ao lado do rio
Conforme íamos escalaminhando enormes pedras, o fim da tarde já ia se aproximando e por volta das 17:00 hrs eu e o Ricardo resolvemos explorar algumas partes planas nas laterais do rio e encontramos um local que dava pra acomodar as 3 barracas e a rede do Jorge. 
Era nossa primeira noite ao lado do rio e por volta das 20:00 hrs todos já estavam dentro das barracas e só me assustei que durante a madrugada acordei com um barulho estranho debaixo da barraca. 
Era como se fosse um animal ou inseto roendo alguma coisa e na hora tive que dar várias porradas no piso da barraca para que o barulho parasse, mas que pouco adiantou. 
Voltar a dormir não foi fácil, pois a todo o momento pensava que o bicho ou inseto podia entrar na barraca. 
O local onde estávamos era forrado de vegetação e várias raízes, por isso o bicho continuava lá embaixo. 
No horário que acordei, por volta das 02h20min, o termômetro marcava cerca de 12 °C e não lembro de quando voltei a dormir, mas por volta das 06:00 hrs acordei um pouco sonolento, mas pronto para mais 1 dia de escalaminhada.

# 2º dia

Mais poções
Ao sair da barraca e enquanto esperava a galera, fui dar uma explorada pelos poções, só que não dei muita sorte, pois em um tobogã, onde a água do rio escorria não consegui me equilibrar e fui descendo escorregando até cair no poção. 
Cuidado aí
Não me machuquei, mas atingi o fundo do poção ficando com água até o pescoço não sobrando nada seco no corpo e por causa disso tive que trocar de roupa. 
Refeito do susto e com roupa seca fui arrumar a mochila para zarparmos rio acima. 
Mais escalaminhada
Saímos pouco antes das 08:00 hrs e novamente com muita escalaminhada pela frente, mas depois de uns 30 minutos, encontrei o Ricardo encostado numa pedra dizendo que não dava mais para seguir, pois numa tentativa de escalar uma pedra, sem querer ele deslocou o ombro.
Com esse problema, o Ricardo disse que não dava mais e por isso resolveu voltar para a Fazenda e de lá ir para casa dele, só que tinha um pequeno detalhe, ele estava com o GPS e nós estávamos subindo o rio com as indicações dele.
Na hora eu o Jorge dissemos que não sabíamos operar o GPS, mas um amigo do Jorge disse que tinha um e sabia operar o aparelho e com isso ficamos mais tranquilos, mas qual não foi a nossa surpresa em saber que ele não sabia nem ligar ou desligar o GPS. 
Lindos poções
Eu e o Jorge pensamos: estamos f.......  .
Levamos um p..... tempo para conseguir autorização em fazer essa trilha, estamos aqui e na hora em que o GPS era primordial, a pessoa dá uma mancada dessas. Pqp.... 
Mas fazer o quê, o jeito é seguir em frente assim mesmo, só consultando as cartas topográficas minhas e do Jorge.
Subindo
No retorno a SP, troquei alguns e-mails com o Jorge sobre esse episódio e ele disse que o amigo dele conhecia muito sobre GPS, já tinha usado em várias caminhadas dele. Então perguntei porque ele não sabia nem ligar ou desligar o aparelho. Depois que o Jorge disse, só sobrou uma conclusão plausível: a atitude dele foi para não chegar ao topo, já que em muitos trechos sempre tinha dificuldades para conseguir ultrapassar e nos momentos mais difíceis era sempre eu que ia na frente. 
E deixo, para quem está lendo esse relato que interprete o que houve. Nem preciso falar.
Transparência da água do Rio Claro
Ficou como lição depois desse episódio escolher à dedo pessoas para futuras trips. 
Voltando à caminhada, o Ricardo sempre mencionava que tínhamos que chegar no ponto G, que estava plotado em seu GPS e nesse local ficava a nascente do Rio Claro e o inicio do paredão que dá acesso à base da Pedra da Mina e sem sabermos mexer no GPS para nos orientar, ficava difícil saber onde o ponto G ficava. 
Trecho no plano com vestígios de antiga ponte
Nessa hora, o que salvou a gente foram as cartas topográficas minha e do Jorge e o meu altímetro que íamos consultando a todo o momento.
Mas de vez em quando eu e o Jorge mexíamos no GPS para tentar aprender como ele funciona e assim retornamos à escalaminhada, rio acima. 
Conforme íamos ganhando altitude, os trechos ficavam cada vez mais difíceis, mas para nosso alivio, por volta das 14:00 hrs pegamos um longo trecho plano e passamos do lado de uma antiga ponte construída no meio do rio, que era de uma estrada, já que se notava os vestígios dela, mas que estava tomada pelo mato. 
Poção com cachoeira
Em um certo trecho quando eu estava passando em cima de uma das pedras escorreguei e cai novamente na água, pelo menos dessa vez só molhei a roupa da cintura para baixo e pouco depois das 17:00 hrs olhamos na carta do Jorge e vimos que existia um trecho onde poderíamos montar as barracas mais à frente. 
Camping 2a noite
Devido ao local ser plano, a escolha do lugar foi perfeita. 
Era na altitude de 1350 metros à esquerda do rio. Eu armei um pequeno varal para deixar a roupa e a bota secando durante a noite e fomos dormir por volta das 20:00 hrs. Durante a madrugada levantei e fui olhar o termômetro que marcava 8°C, o que foi uma queda em relação ao dia anterior. 

# 3º dia

Caminhada em meio à neblina
Pela manhã já nem contávamos em chegar ao topo da Pedra da Mina naquele dia, que era nosso objetivo inicial e com a retomada da caminhada, uma neblina espessa tomou conta da região e ficava até difícil a navegação, pois poderíamos pegar alguma bifurcação e não saber. 
Neblina tomando conta
Em vários momentos tivemos que parar e checar as cartas topográficas para ver se estávamos no Rio Claro ainda. 
Um trecho que nos deixou em dúvida foi quando encontramos o leito do rio seco, pois as enormes pedras estavam lá, mas a água do rio com certeza não passava por ali e olhando a carta e a altitude, percebemos que havia ainda um longo trecho até a nascente.
Pulando pedras
Enquanto caminhávamos pelo leito seco do rio notamos que ressurgia na mata fechada à esquerda e a conclusão que chegamos foi que ele seguia por um trecho subterrâneo. Nesse local procuramos encher nossos cantis porque não sabíamos onde encontraríamos água novamente. 
Com a neblina espessa e sem perspectiva de saber onde encontraríamos novamente o rio, seguimos ganhando altitude, mas não demorou muito e encontramos o leito do rio.
Agora era a neblina que não deixava ver as cristas e o vale por onde tínhamos passado. 
Vara matos, vales afunilados e muita escalaminhada ainda nos aguardavam nesse dia e em alguns trechos tivemos que fazer uso da corda e improvisar algumas pontes de madeira e pedras para ultrapassar inúmeros obstáculos, mas cada dificuldade vencida sempre aparecia outra pior. 
Trecho dos mais difíceis
Nesse dia ganhamos muito mais altitude, porém o ritmo de caminhada era menor, já que os obstáculos ficavam cada vez mais difíceis. 
Por volta das 15h30min chegamos ao pior trecho nesse dia.
Trechos íngremes
O rio se afunilava e tentar varar mato era complicado, porém existia um paredão do lado esquerdo onde dava para ir subindo, usando técnicas de escalada.
Se alguém caísse seria de uma altura de uns 3 metros, em cima de uma pedra por onde escorria o rio e terminava em um pequeno poço. 
A queda em si dava para aguentar, mas o problema era bater a cabeça na pedra ou fraturar algum membro do corpo. 
Aqui ninguém queria tomar a frente. 
Poção no meio do rio
Vendo que nenhum dos dois estavam querendo seguir na frente, tomei a dianteira e fui subindo sem olhar para baixo. 
Passado o trecho e o susto, pedi para jogarem a corda que eu puxaria todas as mochilas, o que não foi demorado. 
O Jorge, que seria o próximo resolveu não seguir pelo trecho de escalada e preferiu que fosse amarrado pela corda e eu o puxasse, enquanto ele ia subindo pelo trecho escorregadio da pedra.
Chegando mais para o final da tarde, a neblina teimava em não ir embora, então resolvemos tentar chegar pelo menos no ponto marcado na carta do Jorge, onde parecia ser plano.
Neblina da manhã
Ao passarmos ao lado de um enorme deslizamento de pedras na lateral esquerda do rio, resolvemos explorar alguns trechos onde podíamos montar as barracas. 
Eu e o Jorge subimos rio acima para encontrar trechos planos, mas era impossível, então tivemos que retornar um pouco e acampar ao lado de um poção, próximo da altitude de 1780 metros.
Subindo
O local era escondido por uma enorme pedra e só tivemos que dar uma roçada na vegetação para que pudéssemos montar todas as barracas. 
A minha, tive que ancorar com algumas pedras, imaginando que a noite poderia ventar muito, já que não estávamos no meio da mata, como nas noites anteriores. 
Acampados
Mesmo quando a neblina e o Sol foram embora, o vento que vinha do norte era muito frio, o que até dificultava ficar fora da barraca.
Depois de preparado o jantar do lado de fora, todos se recolheram rapidamente.
Nessa noite percebi que estava bem mais frio que nos dias anteriores, por isso deixei o meu fogareiro aceso por alguns minutos para ver se o interior da barraca se aquecia um pouco e ficasse com uma temperatura agradável, mas não adiantou muito.
No meio da madrugada acordei e fui checar a temperatura e marcava próximo de 4 °C . 

# 4º dia

Local das barracas
No Domingo pela manhã, acordamos com o tempo totalmente aberto e pela altitude em que estávamos, prevíamos que nesse dia chegaríamos na nascente do Rio Claro ou até no topo da Pedra da Mina. 
Barracas desmontadas e mochilas prontas, seguíamos rio acima, agora com muito mais dúvidas que nos dias anteriores. 
As bifurcações dos afluentes do Rio Claro agora eram quase semelhantes e com isso sempre tínhamos dúvidas sobre qual bifurcação pegar.
Cerca de 1 hora desde o acampamento, chegamos em outro paredão, onde a escalada era difícil. 
Novamente quem seguir na frente? 
Trecho de escalaminhada
Ninguém tomava a iniciativa e sobrava para mim, já que eu estava sempre em primeiro na caminhada. 
Fui subindo por entre as pedras se agarrando na vegetação e levei a corda. Já no topo joguei ela para baixo e fui puxando as outras mochilas. 
Eu puxando as mochilas com a corda
Depois de uma breve parada para descanso, retomamos a caminhada. 
Nesse dia, a caminhada era cada vez mais íngreme e por volta das 11:00 hrs chegamos em um trecho bem aberto e consegui sinal do celular e com isso pude enviar uma mensagem para o Ricardo, para saber como ele estava.
Subida e mais subida
Não demorou muito e ele me ligou dizendo que estava tudo bem e tinha passado no Hospital de Queluz para colocar seu ombro de volta no lugar e depois disso retornou para sua casa em MG.
Quanto ao resgate, que ele tinha sido o responsável, disse que teríamos de acionar o Sr. Edson em Passa Quatro para nos resgatar no Paiolinho. 
Vale por onde caminhamos
Anotei o número do telefone do Edson para chamá-lo, quando chegássemos lá no Bairro do Paiolinho, no final da caminhada.
Voltando a subir, por volta das 12:00 hrs chegamos em uma tripla bifurcação e os dois rios que seguiam para esquerda eram parecidos. 
Trepa pedra
Nesse ponto, segundo a carta topográfica minha e do Jorge devíamos seguir o rio do meio, mas existia outro paredão que dificultava a subida.
Nesse ponto tivemos que varar mato novamente para cair novamente no leito do rio alguns metros acima e pelo seu aspecto, essa parecia ser a última bifurcação, já que dali para frente a caminhada era mais fácil. 
Cachoeira do Rio Claro
E para nossa felicidade, pouco depois das 13:00 hrs chegamos em uma cachoeira que descia por um enorme paredão.
Era a Cachoeira do Rio Claro, cuja nascente ficava um pouco mais acima. 
Aqui era o tão almejado Ponto G que o Ricardo tinha anotado no GPS. O meu altímetro marcava por volta de 2350 metros de altitude e tínhamos de chegar em quase 2800 metros, então não estávamos tão longe.
Finalmente
A alegria só não foi maior porque o obstáculo a ser transposto naquele trecho era o pior de todos os que tínhamos passado. 
Pelo paredão da cachoeira era impossível e pela encosta à esquerda, muito inclinada e pouca vegetação para ir subindo. 
Só nos restava a encosta da direita onde existia vegetação abundante e podíamos ir subindo agarrando no capim. 
Paredão impossível de subir
A inclinação era de assustar e chegava a uns 70 graus, o que tornava a subida ainda mais perigosa. 
A cachoeira por onde escorria a água da nascente do Rio Claro tinha uns 20 metros de altura, mas a encosta por onde íamos subir apresentava ter mais que o dobro disso. 
Trecho íngreme de subida
Novamente quem seguir na dianteira? Essa tá muito fácil de responder. 
Lá fui eu subindo sozinho e somente com a corda, se agarrando na vegetação e em um trecho onde encontrei uma pequena árvore.
Olha os dois subindo lá embaixo
Dali em diante amarrei a corda na minha cintura e fui subindo por entre o capim elefante, até onde a corda alcançava, cerca de 30 metros acima de onde deixei o Jorge.
Nem procurava olhar para baixo, pois qualquer movimento brusco poderia cair e fui subindo com o corpo colado na encosta, e se agarrando nos tufos de capim elefante, que me cortaram as pontas dos dedos em vários momentos, mas graças a Deus cheguei em um ponto mais seguro da encosta onde pude ancorar a corda para servir de guia para os dois restantes que estavam abaixo.
Vale do Rio Claro ao fundo
Até o trecho mais tranqüilo dessa encosta foram quase 100 metros de subida, segundo meu altímetro.
Desse ponto tínhamos uma bela visão de todo o vale do Rio Claro com Queluz ao fundo e daqui em diante restavam alguns trechos por uma pequena crista que nos levou até a base da Pedra da Mina, aonde chegamos por volta das 16:00 hrs, mas ainda nos restavam o último trecho de + - 40 minutos até o topo.
Seguindo quase em zig zags por entre a vegetação de arbustos fomos subindo até chegar no topo da Pedra da Mina, a quase 2800 metros, que já estava ocupado por algumas pessoas. 
Era a terceira vez que chegava aqui no topo, mas dessa vez era diferente. 
Acampados no topo da Pedra da Mina
Não estava vindo da Toca do Lobo, como aconteceu nas outras 2 vezes. Montamos nossas barracas em pontos protegidos por pedras e depois fomos curtir o visual. 
Tinha uma galera da cidade de Limeira/SP, que estava fazendo a travessia tradicional da Toca do Lobo até o Pierre e que acampou com a gente no topo. 
Depois de acompanhar os últimos raios do Sol, entrei na barraca e fiz um banquete para o meu jantar. 
Usei todo o salame e resolvi mudar o cardápio um pouco, acrescentando alguns ingredientes. 
Nas 3 noites anteriores era sempre macarrão com um pouco de carne e já estava cheio disso.
Topo da Pedra da Mina
Saí da barraca por volta das 20:00 hrs para tentar encontrar sinal para celular, mas o frio e o vento forte fez com que eu voltasse rapidinho. 
A temperatura marcava próxima de zero grau, mas a sensação térmica era bem menor devido ao vento muito frio. 
Cheguei a registrar a temperatura de quase -4ºC (graus negativos) no meio da madrugada.
No interior da barraca tive de deixar por um bom tempo o fogareiro ligado para que a temperatura lá dentro ficasse mais agradável e durante a noite acordei varias vezes por causa do barulho na barraca, que era provocado pelo vento. Essa foi a pior noite de todas, não tanto pelo frio, mas pelo vento que castigou a madrugada toda.

# 5º e 6º dia

Nascer do Sol atrás do Itatiaia
Por volta das 05:00 horas acordei para fazer necessidades fisiológicas e pude perceber todas as cidades iluminadas ao redor e sem uma nuvem sequer por toda a região. 
Uma coisa magnífica, mas não demorei muito na contemplação e voltei logo para a barraca e peguei novamente no sono. 
Altitude no meu altímetro
Pouco depois das 06:00 hrs o Jorge bateu na minha barraca me dizendo que o Sol já estava nascendo. 
Peguei rapidamente a câmera fotográfica e saí para clicar os primeiros raios do dia, surgindo atras do picos do Itatiaia.
Depois de um breve café da manhã, desmontamos a barraca e seguimos para a Trilha do Paiolinho. 
Descendo para o Paiolinho
O Fabiano, que acompanhava o pessoal de Limeira na travessia tradicional, não estava aguentando o ritmo da caminhada e resolveu descer com a gente pela trilha. 
Ele já tinha um resgate garantido lá na Fazenda Serra Fina e nos fez economizar com o resgate do Edson. 
Vale do Ruah
Logo que estávamos saindo, chegaram mais 2 montanhistas que seguiam para o Sitio do Pierre, vindo da Toca do Lobo. 
Eles tinham acampado na base da Pedra da Mina em um dos inúmeros descampados e estavam fazendo a travessia tradicional. 
Despedidas de praxe e desejo de boa sorte à galera, iniciamos a descida para o Paiolinho pouco antes das 09:00 hrs. 
Trilha do Paiolinho
A descida é feita pelo lado norte da Pedra da Mina, seguindo a crista do lado direito. 
Com inúmeros totens, a trilha é bastante demarcada e a descida é bem tranquila, porém muito íngreme e em vários trechos tivemos que descer segurando na vegetação para não descer rolando encosta abaixo.
Trilha fácil
Por volta da altitude de 2100 metros encontramos um pequeno riacho, do lado direito, onde paramos para descansar e comer alguma coisa. 
A partir daqui a trilha entra na mata fechada e segue assim até a Fazenda Serra Fina.
Ainda passamos por outro pequeno riacho e as 13h20min, próximo da altitude de 1700 metros, cruzamos com um afluente do Rio Verde, à esquerda, que possuía inúmeros poções. Esse é o Córrego do Paiolzinho, que nasce na base oeste da Pedra da Mina.
Cruzando rios 
Foi um convite para que todos tomassem banho (pouco metros antes de chegar nesse rio existe uma placa bem antiga presa por arame farpado, indicando a Pedra da Mina para a direita e Fazenda Serra Fina para a esquerda). 
Cruzando o Córrego do Paiolzinho, a trilha vai ficando cada vez mais demarcada e passa por algumas bifurcações que levam a alguns pequenos sítios. 
Ainda cruzamos uma pequena cerca de arame farpado e as 14h15min, depois de cruzar a última cerca de arame, chegamos na placa que marca o início da Trilha para a Pedra da Mina (é uma placa pintada em verde, mostrando todos os tempos das trilhas e os locais para acampamentos).
Término da trilha na Fazenda Serra Fina
Aqui existem 2 casas, onde assinamos o livro de visitantes, mas como os celulares não obtinham sinal, tivemos que caminhar por mais uns 3 km até o Bairro do Paiolinho, onde o Fabiano pudesse acionar o resgate, que na verdade era o seu próprio carro dirigido por alguém de sua confiança.
Casa do Sr José Ramos
Seguimos pela estrada de terra e chegamos em Passa Quatro por volta das 18:00 hrs e nossa intenção era pegar o primeiro ônibus que saía para São Paulo, mas o último já tinha saído cerca de 1 hora antes (as 17:00 hrs).
Existia um ônibus que ia sair por volta das 01:00 hr da madrugada, mas que as passagens eram vendidas diretamente pelo motorista e devido a isso seguimos para a casa da tia do Fabiano em Itanhandu e lá nos fartamos com o jantar delicioso, tipicamente mineiro.
Tia do Fabiano
Dona Carmina e Sr. Hélio nos receberam de braços abertos em sua residência e até ofereceram para que dormíssemos naquela noite lá e só viajássemos no dia seguinte, mas recusamos. 
Depois de um belo banho e o jantar, todos foram dormir por algumas horas e as 00h30min o Fabiano nos levou até a Rodoviária para tomar o ônibus para Sampa, mas para nossa surpresa o ônibus já veio lotado, mas o motorista avisou que estava para passar um outro ônibus, mas que ele não parava na Rodoviária. 
Tinha que ir até o trevo da Rodovia e esperá-lo lá e não demorou nem 10 minutos e o ônibus veio, mas nem parou ao nosso sinal.
Hora de ir embora
Não era possível que estava lotado e na hora fomos seguindo ele até Passa Quatro, pensando se pararia na Rodoviária de lá, mas em vão também. 
Só nos restou mesmo aceitarmos o convite da Dona Carmina para no dia seguinte pegar o primeiro ônibus para Sampa que saía por volta das 09:00 hrs de Itanhandu.
Depois de uma noite de sono maravilhosa, logo pela manhã liguei na Rodoviária e fiquei sabendo que os ônibus das 09h30min e das 12h30min para Sampa pela Viação Cometa já estavam lotados. 
As férias estavam chegando ao fim e todo mundo queria voltar para casa. A unica opção que tinha era o de pegar o ônibus das 08h30min para Cruzeiro e de lá para Sampa, onde chegamos pouco depois das 14:00 hrs.



Algumas dicas e informações importantes (Atualizado Julho/2020)


Essa trilha do Rio Claro é extremamente difícil e o risco de vida é sempre iminente.

Atualmente qualquer caminhada por lá está totalmente proibida, devido a problemas que o proprietário teve com certas pessoas. 

Como o Goyta já relatou nos comentários abaixo, a Fazenda por onde caminhamos agora se tornou uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) sendo preservado pelos proprietários da Fazenda, que são Ivan Jardim Monteiro e sua esposa, além do filho Sávio Monteiro. 
(12) 3147-1338 / (12) 3125-4930 / (12) 98129-6879 (telefones a confirmar).
Email: rppnpedradaminaqueluz@gmail.com 

Veja nesse site o documento da Resolução para criação da RPPN e os limites dela, que chegam até quase a base da Pedra da Mina: clique aqui

#
 O Termo de Responsabilidade que assinamos para fazermos a trilha é bem detalhado e em vários parágrafos, o dono da Fazenda se isenta de qualquer acidente ou morte que venha a ocorrer nessa travessia. 

Uma picada por animal peçonhento ou uma fratura muito grave no segundo ou terceiro dia de caminhada só sobra a opção de resgate por helicóptero e mesmo assim com uma dificuldade muito grande para se encontrar sinal de celular. 

Um resgate nessa trilha chega a ser bem pior do que na travessia tradicional da Serra Fina, pela dificuldade de acesso e superação de inúmeros obstáculos e paredões. 

A corda foi um item essencial, pois sem ela não era possível ultrapassar inúmeros obstáculos. 

A trilha do Paiolinho que sobe da Fazenda Serra Fina até o topo da Pedra da Mina é bastante demarcada e bem fácil, mas a declividade é muito grande, possuindo vários trechos de subidas muito íngremes.

Quem quiser fazer a travessia tradicional da Serra, entrando pela Toca do Lobo e finalizando no Sitio do Pierre, seguem algumas dicas:

#
 Uso de óculos e luvas foi um item obrigatório. Se você não tomar cuidado o capim elefante e os bambuzinhos vão provocar um estrago grande. Esse tipo de capim corta com facilidade.

# Muito cuidado com o isolante. Procure não deixá-lo fora da mochila ou pelo menos deixe-o bem protegido, porque os bambuzinhos vão acabar com ele.

# A navegação por essa travessia é muito complicada, já que na época do verão a vegetação vai se repondo e fechando a trilha.

Sinal de telefone celular pega sem problemas no alto dos picos e na crista.

Protetor solar é item também obrigatório.

# Bivacar na Serra Fina acho muito perigoso. É preferível levar uma barraca para se proteger dos ventos e da baixa temperatura durante a noite. É um peso extra, mas é o ideal.

# Na primavera e verão é uma época de chuvas e é extremamente perigoso caminhar, já que as tempestades são comuns nessa região. Inverno, mesmo com temperaturas muito baixas, é a melhor época para se fazer essa travessia.

Na Serra Fina, próximo da Toca do Lobo agora funciona um refúgio, que é um ótimo local para pernoite se não quiser ficar na cidade de P4. www.refugioserrafina.com.br

# No final da travessia da Serra Fina, não existem linhas de ônibus regulares que passem pela Rodovia. Ali somente caronas (se for tentar alguma, é mais fácil conseguir na Garganta do Registro) ou contar com algum transporte de Itamonte ou algum que você tenha contratado em Passa Quatro.

Se quiser finalizar no início da Trilha do Paiolinho, como eu fiz, seguem contatos para resgate:
- Edson da Toyota: (35) 99963-4108 ou (35) 3371-1660 (Passa Quatro); 
- Sr. Caetano: (35) 3771-1510 (Passa Quatro);
- Eliana da 4P4 Ecoturismo: (35) 98841-7206 / (35) 98438-5948 / (35) 99108-7100.
Email: ecoturismo4p4@hotmail.com (Passa Quatro);
- Taxistas Schmidt e Boni: (35) 3371-2013 e (35) 99962-4025 (Passa Quatro).
- Moutinho: (35) 99103-4878 (Passa Quatro)
- Geraldo - Donizete: (35) 99832-0171 (Passa Quatro).

Para quem quiser fazer a travessia da Serra Fina entrando pelo bairro do Paiolinho, seguem algumas dicas:
- O caminho para chegar ao bairro do Paiolinho (Passa Quatro) é pegar a estrada sentido IBAMA à direita, logo que você sair da cidade sentido Itanhandu e depois virar em uma estrada de terra para a esquerda sentido lixão. De lá seguir até a Fazenda Serra Fina, passando pelo Bairro do Paiolinho (deixe o carro na casa do Sr. José Ramos). A estrada é de terra e está relativamente boa, mas não é para qualquer carro. Se chover terá problemas. A trilha começa bem a ao lado de um placa verde com algumas recomendações e um mapa de acampamentos. Atravessando a cerca de arame, a trilha segue por algumas plantações e bifurcações de pequenos sítios. Procure sempre se manter na trilha mais demarcada e cerca de uns 20 minutos de trilha, você cruza com um afluente do Rio Verde, onde existem alguns poções. Assim que cruzar o rio e uns 20 metros depois haverá uma bifurcação para a esquerda, mas a trilha para a Pedra da Mina é a da direita, seguindo por trilha demarcada. Depois dessa bifurcação não tem mais erro e o resto é sempre se manter na trilha principal. Não se preocupe com água, pois haverá um outro pequeno riacho à frente e o último ponto de água vai estar por volta da altitude de 2100 metros. Se você quiser chegar no topo no mesmo dia, o ideal é iniciar a trilha de manhãzinha, pois a subida é íngreme e desgastante.

31 comentários:

  1. Carái! Sinistrasso essa sua aventura hein? Carái²!!!
    Mesmo assim parabéns!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Só lamento que essa trilha não possa ser feito por mais ninguém.
      Pelo que eu fiquei sabendo, uma pessoa ou pessoas tentaram fazer essa trilha sem a autorização do proprietário da Fazenda.
      Deu um p. problema por causa disso.
      E com isso ficou proibido o acesso a essa trilha.
      Uma pena.
      As fotos que tirei do Rio Claro foram maravilhosas.


      Valeu.

      Excluir
  2. Sou da Cidade de Queluz , você poderia me informar o nome da fazenda, quem sabe eu não conheça o Dono ou alguém próximo dele.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sinto muito meu caro, mas não dá.
      Ele me disse que tem muita gente sem nenhuma experiencia querendo fazer trilhas por lá e teve até um problema com um deles, por isso ele proibiu totalmente.
      É uma pena se restringir o acesso, mas ele tá certo e eu até faria o mesmo.

      E o proprietário nem mora na cidade. Ele reside bem longe dali.

      Abcs

      Excluir
    2. Fazenda Jaboticabal, procure pelo proprietário nas redes sociais, José Sávio Monteiro e se informe...

      Excluir
  3. Caro, Augusto, tudo bem?

    Creio que o acesso pela fazenda deste sr. pode até ser proibida, mas ele não pode impedir ninguém de seguir pelo rio Claro até aonde bem queira, até porque todos os rios são patrimônios da União e não de Fulano e Sicrano.

    O rio em si e até 15 metros depois de sua margem é de livre acesso a todos.

    Deixe-me só perguntar uma coisa, este Rio Claro a que se refere deságua no Rio Paraíba?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Praticamente toda a crista principal da Mantiqueira é divisor de águas entre as bacias do Prata e do Paraíba do Sul, e é exatamente isso que define a divisa entre os estados de Minas e São Paulo nessa área. Assim, toda nascente da encosta norte da Mantiqueira vai acabar no fim desaguando no Rio da Prata perto de Buenos Aires (através dos rios Grande e Paraná), e toda nascente da encosta sul vai acabar dando no Atlântico em São João da Barra, no norte fluminense. Portanto, pode ter certeza absoluta de que as águas do Rio Claro vão dar no Paraíba do Sul.

      O que dava para ter dúvida era se o Rio Claro deságua *diretamente* no Paraíba ou se é um sub-afluente. Mas olhei no mapa do IBGE e o Rio Claro deságua no Paraíba logo ao lado da pista da Via Dutra, que o atravessa por uma ponte, num trecho em que o Rio Claro forma a divisa entre os municípios de Lavrinhas e Queluz. Portanto, se estiver rodando na Dutra e vir uma placa indicando o limite entre esses municípios, é lá mesmo - olhe para o sul e você deve ver a foz do Rio Claro no Paraíba.

      Excluir
    2. Oi Goyta.
      Pela distancia curta da crista da Serra Fina até Paraiba do Sul, creio que ele desagua diretamente nele.
      É um rio de pouco volume, assim como os outros que descem da Serra e por isso não teria como se unir a outros.
      Valeu pela atualização.

      Abcs

      Excluir
  4. E aí blz?

    Essa atitude sua eu nunca faria.
    A partir do momento em que ele proibe a passagem de pessoas pela Fazenda dele, deve ter um motivo. Com certeza foi algo bem mais grave. Não creio que só foi a invasão.
    Qto a desaguar no Rio Paraiba, isso não sei. Qdo fizemos essa trilha, o taxista nos levou direto p/ a sede da Fazenda e lá os funcionários já estavam sabendo da nossa chegada.


    Abcs

    ResponderExcluir
  5. Oi Augusto

    Tudo bem? Vi que a trilha está fechada, mas teria o contato do dono da fazenda (e-mail ou telefone)?

    Obrigada!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Yolanda, tudo bom?
      Por causa de um idiota, que tentou fazer essa trilha de forma clandestina, o proprietário ficou sabendo e proibiu totalmente de outras pessoas fazerem essa caminhada.
      Ele até entrou em contato comigo e me pediu p/ não divulgar mais essa caminhada.
      É uma pena viu.
      Por causa de um filha da mãe,que eu desconfio quem possa ser, agora ninguém mais pode passar por essa Fazenda.

      Abcs e espero que compreenda.

      Excluir
    2. Nossa que interessante! Conte nos quem é, por favor!
      pois nunca ouvi relato de um suposto invasor desta propriedade.
      Percebe- se uma encenação para manter em sigilo o acesso, lamentável (você ou José Sávio proprietário da fazenda) , estão criando estas histórias!

      Excluir
  6. Fiquei maravilhada com essas fotos. Já havia visto algumas imagens do Rio Claro (e fui ao Caparaó) mais esverdeadas, mas assim mais azuladas, nunca.
    É uma pena que as pessoas não saibam se comportar. Acho que esse deve ser um dos lugares mais lindos do sudeste. Que dóóóó

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Su, tudo bom?
      Me deu uma raiva quando o proprietário da Fazenda me ligou e comentou essa situação da invasão da Fazenda para fazer essa trilha sem permissão.
      E o pior é que eu tinha deixado bem explicito no relato para não fazerem sem a autorização do dono da Fazenda.
      E mesmo assim um idiota foi lá e tentou fazer.
      E eu sei quem é essa pessoa.

      O lugar é lindo mesmo.
      Dependendo do Sol a cor da água pode ficar entre o verde e o azul e isso eu não tinha visto em nenhum lugar.
      Uma pena mesmo que por causa de um estúpido, não se pode conhecer mais o lugar.
      Ás vezes dá até vontade de ser menos detalhista nesses relatos para que situações como essa não ocorram novamente.

      Valeu.

      Abcs

      Excluir
    2. bom dia amigo Augusto, quanto tempo! Então acho que lemrba se de mim, Rodrigo de Queluz SP. Li nesta postagem que você sabe quem é a pessoa ou como vc mesmo o chama IDIOTA que tentou entrar na fazenda , poderia compartilhar comigo no privado? Tenho contato sempre , com o Savinho e em momento algum ele comentou nada.. isto me deixou curioso, aguardo seu retorno, amigo!

      Excluir
    3. Blz Rodrigo.
      Certa vez o proprietario me ligou dizendo para não divulgar muito essa caminhada.
      E que ele tinha proibido o acesso porque uma certa pessoa tentou fazer essa trilha sem autorização.
      Eu tenho uma desconfiança de quem possa ser essa pessoa, mas prefiro não divulgar o nome.
      Valeu

      Excluir
  7. Augusto, uma curiosidade geopolítica da Pedra da Mina é que o topo dela é o ponto tríplice das divisas de três municípios: Passa Quatro (MG), Queluz e Lavrinhas (SP). Dá para ver que a divisa entre Queluz e Lavrinhas é uma serra secundária que se estende no sentido norte-sul a partir da Pedra da Mina. Será que não haveria um outro acesso pelo lado paulista a partir de Lavrinhas? Não sei qual é a situação fundiária da encosta da Serra Fina em Lavrinhas, se é terra pública ou particular como em Queluz, mas teoricamente seria possível, embora provavelmente tão íngreme e difícil quanto a trilha do Rio Claro, ou até mais. A carta topográfica do IBGE para a região mostra um certo Rio do Braço em Lavrinhas, cuja nascente é próxima à crista da Serra Fina, menos de 1 km a oeste da Pedra da Mina, e a mesma carta mostra uma trilha marcada às margens do Rio do Braço até uma altitude de mais ou menos 1800 m. É verdade que pela proximidade das curvas de nível daí para frente, parece ser um paredão vertical de dar medo, mas para pessoas bem treinadas e equipadas (leia-se: não apenas trilheiros ou montanhistas, e sim *alpinistas*!) talvez fosse viável.

    Quanto à fazenda, achei uma reportagem de "O Globo" de uns dois anos atrás em que os proprietários (é uma família) falam de seus planos para a propriedade. Eles já conseguiram transformar a parte alta da propriedade oficialmente em RPPN (Reserva Privada do Patrimônio Natural), o que significa que agora eles têm legalmente ainda mais responsabilidade de preservar o lugar e são obrigados a serem ainda mais rígidos do que já eram. Eles batalharam muito para conseguir isso. Parece ser gente com uma mentalidade rara de preservação, que leva isso muito a sério, e todo esse rigor deles não é por mera implicância, paranoia ou medo de estranhos, e sim porque dão muita importância e total prioridade à preservação do lugar. Eles sabem o que fazem.

    Na reportagem, eles falaram de planos para desenvolver ecoturismo sustentável e limitado no lugar, mas deram a entender que querem fazer algo muito bem pensado antes disso. Portanto, há esperança de que a escalada possa voltar a ser feita no futuro, mas se e quando isso acontecer, podem esperar uma triagem muito rigorosa antes de receber uma autorização deles. Por ora, pelo que deu para ver na reportagem, podem esquecer MESMO e não adianta insistir.

    ResponderExcluir
  8. Blz Goya.
    Sim, o topo da Pedra da Mina marca o limite desses 3 municipios: 2 de SP e 1 de MG.
    Não acho que exista um acesso por Lavrinhas, porque quem faz a travessia completa da Serra Fina de oeste a leste, não encontra lugares onde pudesse bifurcar uma trilha para essa cidade.
    A vegetação é muito alta e os paredões são até piores do que se encontra no Rio Claro.
    Quem faz essa travessia pode comprovar isso.
    Eu não recomendaria a ninguém tentar por esse lado.
    E se arriscar terá muito vara mato com declividade muito grande.

    Qdo troquei e-mails com o proprietário, ele tinha comentado sobre a criação RPPN, mas estava parada a vários anos no IBAMA.
    Espero que vá para frente e algum dia alguém possa repetir essa subida do Rio Claro.
    Pelo menos até alguns dos poções de agua esverdeada/azulada que merecem ser conhecidos.
    É uma pena mesmo que por causa de 1 ou mais pessoas ele proibiu totalmente o acesso.
    Acho que não custava seguir o mesmo procedimento que a gente fez, que por sinal, só foi para a nossa segurança.
    Mas as vezes dá raiva, porque no desejo de certas pessoas fazerem a seu modo, prejudicam muita gente.
    E mais raiva ainda, é saber que essa pessoa já é experiente em trekking e já li relatos onde ela estava caminhando.
    Uma pena mesmo.

    Valeu.

    Abcs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah, tudo bem, eu estava só lançando um balão de ensaio, como uma (teoricamente) possível forma de driblar o problema da propriedade particular e da proibição pelo lado de Queluz, porque dificílima qualquer subida da Serra Fina pelo lado paulista com certeza seria de qualquer maneira. Mais de 2000 metros de desnível e a maior parte deles em apenas 2 ou 3 km horizontais não seriam chamados de "brincadeira" nem mesmo no Himalaia.

      Falando nisso, na mesma reportagem que li com o pessoal da fazenda contando dos seus planos, eles disseram que o paredão final da Pedra da Mina (que tem mais de 100 metros quase verticais e você mesmo evitou dando a volta por outra crista) já foi usado por alpinistas de verdade que queriam treinar para a escalada do Aconcágua, no less! (Não sei se foi com ou sem a permissão deles, porque se um alpinista treinado descer do topo pelo paredão com cordas, para depois tornar a subir escalando, não há nada que eles possam fazer para impedir lá de baixo, a menos que eles tenham um helicóptero com uma SWAT florestal.)

      E falando em dar a volta, pelo que vi no mapa, a nascente do Rio Claro não é na encosta da Serra Fina mesmo, e sim na da tal ramificação que divide Queluz de Lavrinhas. Pelo que entendi do mapa e do seu relato (e do relato do Jorge, que também li), vocês deram um jeito de subir até essa ramificação e de lá chegaram à crista da Serra Fina, certo? A minha pergunta anterior era basicamente se não seria possível fazer o mesmo do outro lado da mesma serra, pelo tal Rio do Braço do lado de Lavrinhas (mas do jeito que a nascente dele corta 'trocentas curvas de nível de uma vez no mapa, a nascente já deve ser uma cachoeira!).

      Mas o ponto não é nem esse, e sim que a encosta paulista da Serra Fina ainda é praticamente inexplorada e desconhecida, e ainda pode reservar muitas surpresas - algumas boas, outras ruins. É possível que haja outras rotas viáveis (ainda que muito difíceis) a oeste e a leste. E pode haver surpresas que serão boas para uns e ruins para outros - por exemplo, os escaladores de parede devem salivar com a possibilidade de, quem sabe, haver um novo El Capitán ou Roraima escondido em alguma dobra dessas encostas - o que não é impossível.

      Quanto à RPPN, já saiu e foi oficialmente homologada há uns dois anos, com direito a cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. Acredito que os tais planos deles para ecoturismo incluam os poções azuis, que ainda ficam relativamente baixos e próximos das partes habitadas da fazenda. Realmente, pelas suas fotos, são de babar e até eu vou querer ver! Mas escalada acima disso, creio que não. Eles deram a entender que o que eles pretendem fazer na parte mais alta é um santuário (não falaram isso explicitamente, mas é o que se lê nas entrelinhas), onde a espécie "Homo sapiens" seria totalmente banida. Por isto, acredito que o incidente com o tal cara deva ter sido a gota d'água, mas não a causa determinante da proibição total e radical da subida.

      Excluir
  9. Eu acho impossível encontrar outro caminho que suba o Rio Claro que não seja esse.
    Vegetação muita alta e paredoes ingremes.
    Não vale o esforço.

    O trecho final é muito ingreme mesmo.
    Tivemos que subir agarrando na vegetação e alguns galhos. Nas fotos que tirei dá p/ ter uma ideia de como é ingreme o local.
    Só com corda mesmo.
    Tivemos elevar as mochilas com ela.
    Descer do topo por ali talvez até seja mais facil, fazendo uma especie de rapel.
    Só assim.

    Qto a nascente do Rio Claro, ela se localiza na area de charco do lado oeste da Pedra da Mina.
    Aquela pequena cachoeira onde tiramos algumas fotos é do Rio Claro, mas a nascente é um pouco mais para cima.
    Sim, foi dessa maneira que chegamos na crista da serra.

    Pelo lado de Lavrinhas a inclinação é muito maior e com mais cachoeiras, que também nascem nessa area de charco do lado oeste.


    Tomara que com a RPPN, o proprietário explore a região e quem sabe até libere essa subida pelo Rio.
    Mas acho que o risco de acidente pode fazer com que ele desista dessa ideia.
    Uma pena que por causa de um imbecil todo mundo paga o pato.
    O proprietário me contou que estava recebendo muitas propostas de subida e ele sempre rejeitava.
    E como no nosso grupo teve aquele pequeno acidente do Ricardo, então foi mais um motivo para ele não deixar ninguém subir.
    E com certeza a gota dagua foi esse imbecil que tentou fazer na clandestinidade.
    Espero que mude de ideia.

    Valeu.

    Abcs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Curioso para saber quem é o Imbecil, aguardo seu retorno amigo!

      Excluir
    2. Quem me passou essa informação foi o proprietário da Fazenda.
      Só ele para te passar o nome dessa pessoa.
      Eu desconfio de quem possa ser, mas prefiro não revelar sem ter a certeza

      Excluir
  10. Olá, Augusto, tudo bem?
    O seu relato deixa bem claro que não é possível mais repetir essa trilha pelo caminho que você percorreu. Contudo, não seria possível chegar até o Rio Claro por outras propriedades e subir até a Pedra da Mina?
    Qual seria a proibição de pegar o Rio Claro em outro ponto e subi-lo?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fala Luis, blz?
      Sim, não é mais possível realizar essa caminhada iniciando na Fazenda.
      A não ser que o proprietário esteja autorizando, já que recentemente o lugar se transformou em uma RPPN.
      Qdo estavamos subindo o Rio Claro não encontramos nenhum local onde houvesse outros acessos.
      A mata era muito fechada, então nem conseguiamos ver como era a região.
      O problema é que toda a extensão do Rio Claro pertence a essa propriedade.
      E pegando o Rio Claro um pouco mais acima, estaria da mesma forma na propriedade da Fazenda.
      Lembre-se que foi por causa disso, da tentativa de alguém fazer a trilha sem autorização, que o proprietário proibiu o acesso ao lugar.


      Abcs

      Excluir
    2. Luís, complementando o que o Augusto escreveu, a reportagem que li num grande site de notícias (não vou dar o link para não perturbar o sossego dos donos da fazenda), a respeito da transformação da maior parte da fazenda em questão numa RPPN, dizia claramente que a propriedade se estendia até a divisa interestadual no alto da serra. Portanto, toda a encosta paulista da Pedra da Mina no município de Queluz é propriedade particular e inacessível sem autorização - que não adianta chorar, mas eles não vão dar, pelo menos até terem um plano de manejo sustentável da RPPN, que eles não estão com pressa nenhuma de elaborar (e estão certíssimos).

      Para falar a verdade, gostei muito da cabeça e do posicionamento dos donos da propriedade nas declarações deles nessa matéria - eles poderiam estar ganhando rios de dinheiro com ecoturismo predatório ou com mineração, mas querem mesmo é preservar. Parece que o patriarca da família é ou era um homem de muita visão e muito adiante do seu tempo, e passou essa mentalidade aos descendentes.

      Por isto eu perguntei ao Augusto num comentário anterior se não seria possível subir pelo município de Lavrinhas, que também dá na Pedra da Mina, pois não sei se do lado de Lavrinhas a encosta também é propriedade privada, mas independente disso, pelo que o Augusto falou, se a trilha do Rio Claro já é dificílima, por Lavrinhas é pior ainda (e os mapas parecem confirmar isso). Não é tarefa para trilheiro nem montanhista, é para alpinista, de Waldemar Niclevicz ou Reinhold Messner para cima!

      Excluir
    3. Luis, o Goyta falou tudo.

      Só lamento que por causa de um imbecil que tentou fazer essa travessia sem autorização, o proprietário proibiu qqer acesso ao lugar.
      Creio que se fosse da forma como nós fizemos, talvez ele até liberasse uma ou outra pessoa.
      Mas agora é tarde.
      Uma pena.

      Abcs

      Excluir
    4. OLÁ A O RIO CLARO QUE DESCE PRA QUELUZ PRA ESSA FAZENDA SE DIVIDE EM DOIS... UM DESCE PRA QUELUZ E OUTRA FAIXA DESCE EM DIREÇÃO A REGIÃO DO ENTUPIDO EM LAVRINHAS SP... https://pt.wikiloc.com/trilhas-carro/poco-verde-mendes-travel-12632153#wp-12632165

      Excluir
    5. Ramon, estranhei suas afirmações e fui conferir nos mapas topográficos do IBGE para a região, que tenho digitalizadas aqui (o Entupido e as zonas urbanas de Queluz e Lavrinhas estão na carta de Cruzeiro, a Pedra da Mina e as partes mais altas estão na carta de Passa Quatro, e as duas - e outras -
      podem ser baixadas do site do IBGE). E realmente, você se enganou.

      Primeiro, a região e o povoado do Entupido estão no município de Queluz, não no de Lavrinhas. A parte alta da divisa entre os dois municípios é a crista de um esporão de serra que sai da crista principal da Mantiqueira na direção sul, e a parte baixa é o curso inferior do Rio Claro. O Entupido fica alguns quilômetros a leste da divisa intermunicipal - portanto, em Queluz.

      Segundo, a cachoeira onde você esteve fica no Rio Entupido, que tem nascente própria e *não* é uma ramificação do Rio Claro. A carta do IBGE mostra claramente uma serra separando as bacias dos dois rios, e seria impossível a água do Rio Claro subir essa serra para descer de novo do outro lado...

      O mapa também mostra a nascente do Entupido, que fica bem ao norte, no que me pareceu ser a encosta do Morro do Avião (poucas montanhas da Serra Fina têm nome nesses mapas, que são um tanto antigos). Mas dá para ver claramente que a nascente é completamente separada da do Rio Claro e cada um dos dois rios tem seu próprio vale independente, sem comunicação entre si.

      O Rio Entupido deságua no Paraíba do Sul alguns quilômetros a leste da foz do Rio Claro no mesmo rio; portanto, tem seu curso inteiro dentro do município de Queluz, e totalmente separado do curso do Rio Claro. Duvida? Confira no mapa...

      Excluir
    6. Oi Ramon.
      O Goyta tá certissimo.
      Também fui olhar a carta topografica de Passa quatro, no site do IBGE e lá a distancia entre esses 2 rios.
      Um é o Rio Claro e outro é o Rio do Entupido.
      Mas eles não se encontram.
      As nascentes dos 2 estão bem distantes. E se vc for subir pelo Entupido e chegar na nascente dele ainda estará bem longe do topo da Pedra da Mina.

      E o tracklog que vc passou é do Rio Claro.
      Veja na carta topografica e plote em cima de imagens de satelite.
      O Entupido está mais para leste.

      Excluir
  11. Caro Augusto, tudo bem?
    Li seu relato da subida da Pedra Mina e fiquei impressionado com sua aventura. Essa é demais para min, não conseguiria fazê-la se pudesse.
    Tenho muita vontade de conhecer a Pedra da Mina , mas fazendo o caminho normal por Passa Quatro , pelo Paiolinho. Você acha que é possível de ser feito no esquema de bate e volta? Subir e descer no mesmo dia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E aí, blz?
      A subida da Pedra da Mina pelo lado sul não foi fácil.
      Teve até alguns problemas que nem coloquei no relato.
      Foi bem cansativo e estressante. Ficou como aprendizado para futuras trips.

      E só lamento que alguns meses depois tentaram repetir essa trilha sem autorização do proprietário da Fazenda, levando o mesmo a proibir totalmente o acesso ao lugar.

      É possível fazer um bate volta, mas depende do seu condicionamento.
      Normalmente o pessoal sobe a trilha pelo Paiolinho em cerca de 6 horas, dependendo do peso da mochila.
      E teria de iniciar a caminhada antes das 07:00hr.
      Já que o retorno também é cansativo, para dar tempo de chegar na Fazenda antes das 18:00hr.

      Mas minha opinião sincera. Não vale o esforço para conhecer a Pedra da Mina somente num bate volta.
      Vc não vai aproveitar quase nada do lugar.
      O Vale do Ruah (lado leste da PM) também vale a pena conhecer.
      Sem contar que o visual do Nascer e do Por do Sol são maravilhosos lá do topo.

      Abcs

      Excluir